top of page

Poemas: A Viagem do Tigre - Livro 3 Colleen Houck -( Parte II )

  • Foto do escritor: ingridoliveira195
    ingridoliveira195
  • 27 de jul. de 2017
  • 2 min de leitura

Lua e Mar

Ella Wheeler Wilcox

Você é a lua, meu amor, e eu sou o mar:

A maré da esperança se enche dentro do meu peito

E esconde as pedras ásperas e escuras da inquietação da vida

Quando seus olhos afetuosos sorriem no perigeu .

Mas, quando esse rosto amável me dá as costas,

A maré fica baixa, e as pedras sombrias aparecem,

E o litoral mal- iluminado da terra parece algo a temer.

Você é a lua, querido, e eu sou o mar.

----------------------------------------------------------x--------------------------------------------------------------

O Casamento do Céu e do Inferno

William Blake

Mas agora, do meio das aranhas pretas e brancas,

Fogo e fumaça explodiram e rolaram para as profundezas, escurecendo tudo,

Deixando o subterrâneo negro como um mar, agitado e terrivelmente barulhento;

Abaixo de nós não havia mais nada a ser visto,

Nada além de uma tormenta escura,

Até que olhando para o leste, por entre as nuvens e as ondas,

Vimos uma catarata de sangue misturada ao fogo,

E, a poucas pedras de nós, o terrível corpo curvado

De uma serpente monstruosa apareceu e voltou a sumir;

Por fi, a cerca de três graus a leste,

Uma crista flamejante surgiu sobre as ondas;

Erguendo-se lentamente como uma cadeia de rochas douradas,

Até que vimos duas bolas de fogo rubro,

Das quais o oceano se afastava em nuvens de fumaça;

E então percebemos: era a cabeça do Leviatã;

Sua testa estava dividida em listaras verdes e roxas,

Como as listras na testa de um tigre;

Logo vimos sua boca e sua guelras vermelhas

Pairando acima da enorme espuma enfurecida

Tingindo as profundezas negras de gotas de sangue,

Avançando em nossa direção

Com toda a fúria de um ser sagrado.

------------------------------------------------------------x----------------------------------------------------------

O Kraken

Por Alfred, Lord Tennyson

Sob os trovões da superfície da água;

Muito, muito além das profundezas do mar abissal,

Em seu sono antigo, sem sonhos e sem invasões ,

Dorme o Kraken; pálios reflexos de sol se agitam

Ao redor de seus flancos sombrios; acima dele se avolumam

Enorme esponjas de crescimento e altura milenar;

E ao longe, na luz doentia,

De inúmeras grutas fantásticas e celas secretas

Pólipos inumeráveis e enormes

Perturbam o verde sonolento em seus braços gigantescos.

Ali permanece por séculos e ali continuará adormecido,

Dilacerando enormes vermes marinhos em seu sono,

Até que o fogo final aqueça as profundezas;

Então, para ser visto por homens e por anjos uma vez,

Rugindo emergirá e na superfície morrerá.

-------------------------------------------------------------------x-----------------------------------------------------

Por acaso você sabe como aquela pobre desgraça sem forma...

A ostra... cria seu cálice raso de luar?

Onde a concha a incomoda, ou a areia do mar irrita,

Ela solta o brilho adorável de seu pesar.

- Edwin Arnold

-----------------------------------------------------------------x-------------------------------------------------------

Soneto CXVI

De almas sinceras a união sincera

Nada há que impeça. Amor não é amor

Se quando encontra obstáculos se altera

Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,

Que encara a tempestade com bravura;

É astro que norteia a vela errante

Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora

Seu alfanje não poupe a mocidade;

Amor não se transforma de hora em horas,

Antes se afirma, para a eternidade.

Se isto é falso, e que é falso alguém provou,

Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

-----------------------------------------------------------x--------------------------------------------------


 
 
 

Comments


Destaque
Tags

© 2023 por Amante de Livros. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook B&W
  • Twitter B&W
  • Google+ B&W
bottom of page